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domingo, 11 de março de 2012

Calor enche praias em Março

O calor anormal para a época que se faz sentir em Portugal continental, devido a um anticiclone que se formou a norte da Península Ibérica e está a afectar a temperatura, levou ontem muitas pessoas às praias. 
Maria do Carmo, de 18 anos, foi passar o dia à praia de Carcavelos, Cascais. "Não tenho o hábito de vir à praia nesta altura do ano, mas esta semana o calor esteve sempre a tentar-me, e acabei por vir", confessa.
Durante o dia de ontem, foram também muitas as famílias que aproveitaram o bom tempo para passear na praia. "Ao fim-de-semana vê-se sempre mais gente na praia, mas nota-se que com este calor há um acréscimo", conta Joana Freitas, 36 anos, que aproveitou o dia de aniversário para passar a manhã com o marido, Pedro Antunes, e o filho de três anos, Guilherme, numa praia da Costa da Caparica (Almada). "Este sol é bom porque ajuda a alegrar as pessoas e sempre é uma forma de esquecer alguns dos problemas da crise", comenta.
O movimento que o calor traz é muito apreciado pelos comerciantes dos bares. "Este sol tem sido óptimo para o negócio. Claro que a seca não dá jeito a ninguém, e não podemos estar contentes com ela, mas este sol é muito bom para o negócio", diz Pedro Santos, proprietário de um bar à beira da praia de Carcavelos. A opinião é partilhada por Miguel Inácio, dono de um bar situado numa praia da Costa da Caparica. "Estes bares são negócios de sol, e, como é lógico, com o sol que tem estado nos últimos dias temos tido mais clientes do que nos dias de frio e chuva", explica.
Os banhos fora da época balnear são uma preocupação partilhada por banhistas e nadadores--salvadores. Segundo os dados revelados em Outubro de 2011 pelo relatório da Federação Portuguesa de Nadadores Salvadores, e referentes aos afogamentos registados em 2009, nesse ano foram contabilizados 31 afogamentos fora da época balnear.
O presidente da Federação, Alexandre Tadeia, deixa o apelo: "Quando não há vigilância numa praia, só há uma atitude segura - não tomar banho." Alexandre Tadeia afirma ainda que "não é possível dar conselhos às pessoas que querem ir ao mar nestas condições, porque sem vigilância não há segurança no mar".
CORREIO DA MANHÃ

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