É DESTA QUE TEMOS NEVE NO ALENTEJO!
Os aviões aumentam as quedas de neve e de granizo nas proximidades dos aeroportos
Uma investigação publicada na revista científica “Science” não só explica os processos físicos que residem na formação dos buracos nas nuvens à passagem dos aviões, como também conclui que os aviões influenciam desta forma a meteorologia local, nos arredores dos aeroportos.
Segundo os cientistas, é pouco provável que este fenómeno afecte o clima global. Mas, uma vez que muitos grandes aeroportos têm de uma maneira geral uma cobertura de nuvens baixas no Inverno, pode ser necessário no futuro aumentar as medidas anti-gelo de alguns dos aeroportos mais importantes do mundo.
O fenómeno que os investigadores descrevem deve-se ao arrefecimento e expansão do ar que fica atrás dos propulsores e sobre as asas. Muitas vezes, a água das nuvens está a temperaturas inferiores do ponto de congelação da água, mas permanece em estado líquido. Os cientistas explicam que quando um avião atravessa nuvens a menos de -10ºC, chamadas super-frias pelos investigadores, o efeito das hélices pode ser suficiente para congelar espontaneamente as pequenas gotas de água da nuvem e formar cristais de gelo que vão crescendo à medida que mais gotas se vão unindo à “bola de gelo”. É precisamente esta reacção em cadeia de formação de cristais de gelo, que pode durar várias horas depois da passagem de um avião, dando lugar aos buracos nas nuvens.
Os aviões geram o impulso para o movimento ascendente do ar sobre a parte superior das suas asas, o que cria uma situação de menor pressão sobre as asas do que por baixo delas. “Isto também expande e arrefece o ar sobre as asas cerca de 20ºC, um valor mais pronunciado nas velocidades dos aviões a jacto”, diz Andrew Heymsfield, investigador do Centro Nacional de Investigação Atmosférica, que liderou este trabalho. “E devido a este arrefecimento, o avião pode deixar um rastro de gelo por trás das asas”.
Para chegarem a estas conclusões, Heymsfield e a sua equipa analisaram 20 imagens de satélite de uma capa de nuvens com buracos do estado do Texas de 29 de Janeiro de 2007. Alguns desses buracos foram vistos durante 4 horas antes e chegaram a tamanhos maiores de 100 kms de largura. Logo, os investigadores examinaram a informação da Administração Federal da Aviação dos EUA sobre todos os voos que sobrevoado essa zona. O seu objectivo era averiguar que tipo de avião tinha sobrevoado essa zona entre os 7 e os 8 kms de altitude desse dia. Identificaram uma série de aviões capazes de produzir esses buracos que vão desde os aviões comerciais de passageiros a aviões militares, aviões de hélices pequenas e os jactos privados.
Fonte: http://www.sciencemag.org/
Fonte: http://www.sciencemag.org/
o problema é que só passam aviões uma vez por semana lool
ResponderEliminar