Portugal continental poderá enfrentar uma situação de seca extrema em Fevereiro, caso se mantenha a falta de precipitação verificada em Janeiro, disse o meteorologista Manuel Costa Alves.
"Tudo depende de Fevereiro. Mas tem que ser um Fevereiro muito chuvoso para inverter a situação. Se o comportamento de Fevereiro for semelhante ao de Janeiro chegaremos à seca extrema", sublinhou o especialista.
Manuel Costa Alves considera ser extremamente importante que os próximos meses possam trazer a chuva, mas explicou que "perdida a precipitação de inverno a precipitação da primavera nunca é suficiente para inverter a situação".
Lembrando que Outubro de 2011 foi extremamente quente, o meteorologista destacou que em Dezembro, "mês que em geral contribui com a maior quantidade de precipitação no território", o nível de precipitação em Portugal ficou "praticamente a zero".
"O apuramento dos dados no final de Dezembro já dá 83% [do território] em seca fraca, seis por cento em seca moderada, oito por cento normal e três por cento húmido", afirmou.
Segundo Manuel Costa Alves, no fim de Janeiro "provavelmente uma parte muito significativa do território ficará com seca moderada", existindo também "uma percentagem significativa de seca severa, antes da extrema, que é o último grau, havendo também uma parte com seca fraca".
O meteorologista afirma que a situação de seca é um "risco inerente ao clima" de Portugal continental, lembrando que a última grande seca foi a de 2004/2005.
"Esta de 2004/2005 foi a mais intensa desde 1941. A de 2004/2005 tem de ser referenciada porque foi muito intensa e causou prejuízos a variadíssimas actividades", concluiu.
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